quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O ABANDONO DAS PRAÇAS DO RECIFE: PRAÇA MACIEL PINHEIRO

Começo esta crônica com uma pergunta que não quer calar: "Quem não gosta de nossas praças, o cidadão recifense ou a sua edilidade?"
Moscoso, Largo do Aterro ou da Matriz, da Boa Vista, Conde D'Eu, foram nomes dados à outrora tão bonita e estimada Praça Maciel Pinheiro. Qual o natural do Recife que não a conhece?

O nome atual da praça é uma homenagem ao jornalista, bacharel em direito e abolicionista Maciel Pinheiro, que morreu em 1889, com apenas 39 anos, em consequência de malária contraída durante a guerra do Paraguai. 

Na ocasião de sua inauguração, a Praça apresentava um grande chafariz, bonitos lampiões que iluminavam todo o ambiente,  bancos de madeira, tendo o jardim todo cercado por grades de ferro. A escritora Clarice Lispector viveu, durante algum tempo, em um sobrado que fica na esquina da Praça com a Travessa do Veras.

Da comparação de alguns cartões postais que retratam o  que foi a Praça Maciel Pinheiro, em diferentes épocas, com fotos  retiradas da Internet mostrando o estado atual dessa praça, podemos concluir que os nossos edis, aqueles que mandam nos destinos da cidade do Recife, não devem gostar nada de praças e/ou jardins, porque se não fosse assim, sem dúvida que já a teriam restaurado. 


Vamos viver com a esperança de que a nova administração, que toma posse em janeiro de 2013, tenha sensibilidade e amor pela cidade e comece a pensar no problema social, que tem como consequência o deplorável estado em que se encontram muitos pontos emblemáticos do Recife e procurem resolver, primeiramente a questão humana para, em seguida, restituir a beleza de nossas praças.




Senhor prefeito eleito Geraldo Júlio de Mello Filho restitua a cidadania à praça Maciel pinheiro!