
Ontem, ao passear pelo antigos bairros da zona central da cidade, decidi que iria postar algumas crônicas (ou arremedo de crônicas) com fotos dos bairros mais antigos desta milenar Bruxelas, começando com o chamado de L'Ilot Sacré, sem dúvida um dos mais visitados pelos turistas, devido, principalmente, aos inúmeros restaurantes que abriga.
A palavra îlot, em francês, corresponde, no vernáculo, a "ilhota" ou "ilhéu", uma ilha muito pequena e o adjetivo sacré, traduz-se por "sagrado"; por analogia, porém, îlot, pode significar um agrupamento de casas cercado por ruas, como ocorre com este bairro típico do centro de Bruxelas. Na realidade, a Ilot Sacré foi criada recentemente, no final da década de 1950, quando Bruxelas foi submetida a uma série de demolições para modernizar a cidade que se preparava para a Exposição Internacional de 1958. Várias ruas históricas estavam na lista das que seriam atingidas, a rue de Bouchers, a petite rue des Bouchers e a rue des Dominicains, por exemplo, deveriam sofrer várias demolições, para atender ao plano de modernização. Surgiu, então, um movimento dos comerciantes e de alguns moradores da zona que não só conseguiu impedir as demolições previstas, como forçou a criação, no centro histórico de Bruxelas, de algumas "ilhas" intocáveis a futuras ideias modernosas e de mau gosto, pretendo demolir o clássico para dar lugar ao moderno. Surgiu, assim, a Ilot Sacré, uma espécie de bairro restaurado, tombado e protegido em pleno coração da capital da Bélgica.
A atual rue des Bouchers aparece em um documento de 1294 dos arquivos da catedral de Saint-Gudule, com a denominação latina de Vicus Carificum, o que confirma as origens remotas daquela rua e de todo o bairro. Na Idade Média, inúmeras lojas de charcutaria, salsicharia e de miudezas comestíveis já estavam estabelecidas na rue des Bouchers e na petite rue des Bouchers e, até os dias atuais, é lá que os turistas procuram as mais variadas iguarias da gastronomia tradicional de Bruxelas.
Resolvi aproveitar os meus curtos seis dias em Bruxelas para flanar pela Ilot Sacré, colhendo algumas fotos e guardando na memória o cenário daquele bairro tão típico. Algumas fotos foram feitas muito cedo na manhã de hoje e outras, ao fim da tarde, cerca da 4:30h, antes do horário do almoço e do jantar, respectivamente, razão pela qual as ruas estão vazias e, consequentemente, calmas.
Bruxelas é uma cidade que deveria sempre estar incluída no roteiro de quem vem à Europa, pois, embora não seja uma grande metrópole, tem todas as vantagens de uma cidade como Paris, o charme, os bons restaurantes, uma vida cultural razoável e, em alguns bairros, a tranquilidade de uma cidade de médio porte. Às pessoas que pretendem visitar Bruxelas, sugiro uma noite dedicada à Ilot Sacré, cujas fotos preenchem esta postagem.
O charme do centro histórico da capital da Europa certamente encantará aos novos visitantes.


Bruxelas é uma cidade que deveria sempre estar incluída no roteiro de quem vem à Europa, pois, embora não seja uma grande metrópole, tem todas as vantagens de uma cidade como Paris, o charme, os bons restaurantes, uma vida cultural razoável e, em alguns bairros, a tranquilidade de uma cidade de médio porte. Às pessoas que pretendem visitar Bruxelas, sugiro uma noite dedicada à Ilot Sacré, cujas fotos preenchem esta postagem.
O charme do centro histórico da capital da Europa certamente encantará aos novos visitantes.
Neste mapa, pode-se localizar a Ilot Sacré.
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