Nunca fui um bom cantor, antes pelo contrário, já que as "virtudes" musicais não fazem parte dos meus dotes artísticos (se é que eu os tenho). Apesar disso, segundo relato dos meus familiares mais velhos, desde que comecei a balbuciar as primeiras palavras, eu comecei a cantar... e muito... Reza a lenda, que eu ainda mal falava e já gorjeava uma canção de sucesso chamada "Chinês Patchouli", ou algo parecido (ao menos, era esse nome que eu cantava). Com o passar do tempo, tornei-me um incontrolável cantor de chuveiro. E daí? A quem isso pode interessar? Acho que a ninguém, só a mim e às minhas memórias. O tempo, porém, continuou sua marcha inexorável e, com a chegada do Outono da vida, não consigo decorar as letras das canções modernas mas, para o meu deleite, comecei relembrando das letras que havia decorado na infância ou na adolescência. Quero deixar bem claro que não estou relatando o aparecimento de nenhuma doença senil, mas sim descrevendo a falta de interesse que tenho pela maioria das canções que atualmente fazem sucesso.
Por falar em esquecimento, antes de continuar esta postagem gostaria de fazer um parêntese no tema e, de público, penitenciar-me por um dos mais trágicos lapsus mentii dos últimos anos. Esqueci, no passado dia 25, o aniversário do querido amigo Fernando Augusto. Perdão, Fernando, mas foi graças à marcianita, título desta postagem e tão esperada por nós, que lembrei a data do seu natalício:25 de Outubro e não 28, como eu achava. PARABÉNS atrasados.
Voltando às músicas antigas e ao cantar no chuveiro. Esta manhã, para minha surpresa, comecei, durante o banho, cantarolando uma canção que fez grande sucesso há cerca de cinquenta anos e que, acho eu, não tem nenhum predicado, nem como letra, nem como música: "Esperada Marcianita". Ressalte-se, porém, que mesmo sem ser nenhum primor de peça musical, ela já foi gravada por alguns dos ícones do nosso cancioneiro mais recente. De minha parte, eu devia ter 12 ou 13 anos quando, rapidamente, aprendi a letra de Sérgio Murilo (creio que a letra é dele), talvez pelo fato de que tudo relacionado com o "espaço sideral", com outros mundos, com o desconhecido, fosse alvo das minhas fantasias juvenis. Quando eu cantava em alta voz que "os homens de ciência me asseguravam que em dez anos mais eu e a fictícia marcianita estaríamos bem juntinhos nos cantos escuros do céu falando de amor", o que os meus sonhos de pré-adolescente imaginavam era que eu poderia sair da terra, que fugiria de um mundo futuro (que eu já previa não iria me agradar), que iria para um espaço desconhecido e que lá encontraria um amor de folhetim, fosse esse amor de Marte, de Vênus ou de outro lugar qualquer. Talvez, já naquele tempo, na Terra eu fosse logrado e em matéria de amor eu sempre fosse passado para trás...
Por falar em esquecimento, antes de continuar esta postagem gostaria de fazer um parêntese no tema e, de público, penitenciar-me por um dos mais trágicos lapsus mentii dos últimos anos. Esqueci, no passado dia 25, o aniversário do querido amigo Fernando Augusto. Perdão, Fernando, mas foi graças à marcianita, título desta postagem e tão esperada por nós, que lembrei a data do seu natalício:25 de Outubro e não 28, como eu achava. PARABÉNS atrasados.
Voltando às músicas antigas e ao cantar no chuveiro. Esta manhã, para minha surpresa, comecei, durante o banho, cantarolando uma canção que fez grande sucesso há cerca de cinquenta anos e que, acho eu, não tem nenhum predicado, nem como letra, nem como música: "Esperada Marcianita". Ressalte-se, porém, que mesmo sem ser nenhum primor de peça musical, ela já foi gravada por alguns dos ícones do nosso cancioneiro mais recente. De minha parte, eu devia ter 12 ou 13 anos quando, rapidamente, aprendi a letra de Sérgio Murilo (creio que a letra é dele), talvez pelo fato de que tudo relacionado com o "espaço sideral", com outros mundos, com o desconhecido, fosse alvo das minhas fantasias juvenis. Quando eu cantava em alta voz que "os homens de ciência me asseguravam que em dez anos mais eu e a fictícia marcianita estaríamos bem juntinhos nos cantos escuros do céu falando de amor", o que os meus sonhos de pré-adolescente imaginavam era que eu poderia sair da terra, que fugiria de um mundo futuro (que eu já previa não iria me agradar), que iria para um espaço desconhecido e que lá encontraria um amor de folhetim, fosse esse amor de Marte, de Vênus ou de outro lugar qualquer. Talvez, já naquele tempo, na Terra eu fosse logrado e em matéria de amor eu sempre fosse passado para trás...
Surpreendente, também, é o fato de a letra de "Esperada Marcianita" ser politicamente correta numa época em que essa correção não era exigida do comportamento social, pois o objeto do amor (no caso, a filha de Marte) poderia ser branca, negra, gorduchinha, magrinha, baixinha ou gigante que, mesmo assim, seria muito amada. Lembro de que, mais ou menos no mesmo tempo do sucesso dessa canção (1959 - 1960), outra música fez grande sucesso no carnaval do Recife, mesmo tendo uma letra tão incorreta politicamente que prefiro nem lembrar. Deletei.
Quantas e quantas noites, eu e o Fernando Augusto ficamos na janela dos nossos quartos (ele, no Espinheiro e eu, nas Graças) olhando aquela "estrela" avermelhada, que nem estrela é, suspirando por um broto de Marte, no meu caso, que não se pintasse, não fumasse, nem sequer soubesse o que era rock n' roll, pois sempre fui conservador, no dele, porém, o brotinho poderia fazer tudo isso, ter tatuagens e até usar piercing, visto que, desde a infância, o meu amigo espinheirense sempre foi "moderninho". Chegou o ano 1970, e a marcianita não veio. Deixa pr'á lá, 2070 não está tão longe assim e aí, quem sabe, o esperado brotinho de Marte, montado no rabo de um cometa, finalmente chegue para nós e, então, possamos ser felizes para sempre.
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