Quando saí de Bruxelas, no dia 1º de dezembro passado, a perspectiva era de só estar de volta em março deste ano. Hoje, 30 de janeiro, menos de dois meses depois, da última visita, estou de novo no meu habitual flat do Quartier Louise. Ótimo!
Vir a Bruxelas é sempre "ótimo", ao menos para mim. A já familiar atmosfera das ruas, praças, parques e avenidas agrada-me e me deixa feliz, por recordar o tempo em que aqui morei. Apesar disso, concordo com os críticos que dizem que a cidade está bastante deteriorada nos últimos anos dos vinte e um em que tenho vindo à capital belga (as visitas profissionais começaram em novembro de 1986). Problemas sociais antes inimagináveis, como, por exemplo, a sujeira das ruas centrais e uma relativa sensação de insegurança para quem caminha em alguns locais e em horas avançadas da noite. Essa realidade, resultante do aumento populacional, do distanciamento cada vez maior entre ricos e pobres, da descolonização em África e da queda do comunismo na Europa de Leste, ocorre em quase todas as cidades que conheço, exceto em algumas poucas na Suíça. Preço muito alto que as gerações do final do século XX e do começo do século XXI têm de pagar pela políticas praticadas nos últimos duzentos anos. Desgraças sociais e mazelas à parte, a qualidade de vida em Bruxelas ainda é das melhores no mundo e o stress passa ao lado de quem souber relaxar.
Para não deixar passar em branco os seis dias em que estou aqui, fui a duas exposições que a seguir descrevo:
AO REDOR DO GLOBO: PORTUGAL NO MUNDO NOS SÉCULOS XVI E XVII.
Esta exposição foi organizada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia – junho a dezembro de 2007 – para mostrar aos belgas o império lusitano e a abertura a um mundo novo, como consequência dos descobrimentos portugueses. As 180 peças expostas referem-se a vários aspectos do próprio Portugal, da África Ocidental e Central, do Brasil, do Oceano Índico, da China e do Japão. Excelente mostra, principalmente para quem for de cultura lusófona, que nos permite observar o mundo como ele era há mais de quinhentos anos, época de mudanças e do início da miscigenação cultural. A exposição “Ao redor do Globo” está em cartaz no Bozar de Bruxelas, até o dia 3 de fevereiro próximo.
SARA E SEUS IRMÃOS.
Exposição a não perder, que tem por tema o judaísmo e versa sobre os Kaliski, uma família de artistas que foi testemunha da história judaica no século XX. A loucura dos homens, a paixão dos artistas que afrontam a violência e a transformam em palavras e em imagens, de uma beleza cruel e doce, adjetivos que são símbolos da própria dicotomia da vida. Em cartaz até 24 de fevereiro.
Gostaria de ter visto mais coisas e de ter visitado o Museu de Belas Artes - de que tanto gosto - mas o excesso de trabalho, além de alguns jantares (excelentes como sempre) com antigos amigos, não me permitiram grandes escapadelas.
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Para não deixar passar em branco os seis dias em que estou aqui, fui a duas exposições que a seguir descrevo:
AO REDOR DO GLOBO: PORTUGAL NO MUNDO NOS SÉCULOS XVI E XVII.
Esta exposição foi organizada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia – junho a dezembro de 2007 – para mostrar aos belgas o império lusitano e a abertura a um mundo novo, como consequência dos descobrimentos portugueses. As 180 peças expostas referem-se a vários aspectos do próprio Portugal, da África Ocidental e Central, do Brasil, do Oceano Índico, da China e do Japão. Excelente mostra, principalmente para quem for de cultura lusófona, que nos permite observar o mundo como ele era há mais de quinhentos anos, época de mudanças e do início da miscigenação cultural. A exposição “Ao redor do Globo” está em cartaz no Bozar de Bruxelas, até o dia 3 de fevereiro próximo.
SARA E SEUS IRMÃOS.
Exposição a não perder, que tem por tema o judaísmo e versa sobre os Kaliski, uma família de artistas que foi testemunha da história judaica no século XX. A loucura dos homens, a paixão dos artistas que afrontam a violência e a transformam em palavras e em imagens, de uma beleza cruel e doce, adjetivos que são símbolos da própria dicotomia da vida. Em cartaz até 24 de fevereiro.
Gostaria de ter visto mais coisas e de ter visitado o Museu de Belas Artes - de que tanto gosto - mas o excesso de trabalho, além de alguns jantares (excelentes como sempre) com antigos amigos, não me permitiram grandes escapadelas.
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