Um país sem governo durante seis meses? Verdade! Aconteceu e foi no Reino da Bélgica! O que teria ocorrido se fosse em qualquer outro lugar? Impossível responder, mas na Bélgica a vida continuou com relativa normalidade. No dia 21 de dezembro de 2007, os políticos chegaram, finalmente, a um acordo e o antigo Premier Guy Verhofstadt prestou juramento ao Rei Alberto II, acompanhado por treze ministros federais, formando assim um novo governo, que será interino até o dia 23 de março deste ano.
As consequências dos 194 dias de uma "quase-vacância" de poder já se faziam sentir no país, principalmente na área da segurança, bem assim no aumento dos preços dos combustíveis e dos gêneros alimentícios. O novo governo anunciou medidas de urgência para combater tanto o aumento de ameaças terroristas, quanto a subida de preços. O bom é que naquele Reino, diferentemente de outros Estados, as medidas governamentais são, normalmente, eficientes.
A missão do liberal flamengo G. Verhofstadt, de 54 anos, será difícil, posto que o governo provisório terá de “equilibrar” os cinco partidos da coalizão, devido às diferenças existentes entre valões e flamengos. A Flandres pleiteando um maior controle do setor econômico, enquanto que os representantes da Valônia (Wallonie) querem que a situação permaneça como está, com eles à frente do setor econômico. Ressalte-se que a Flandres é, economicamente, bem mais rica do que a Valônia.
A causa mais séria do aumento das querelas nacionalistas pode ser avaliada no resultado de uma pesquisa recente. De acordo com esse resultado, embora em 2007/2008 a grande maioria do povo belga deseje que o país continue a existir, poucos acreditam que em 20 anos ele ainda persista como Estado unificado.
Gostaria, entretanto, de chamar a atenção para o fato de que os sentimentos separatistas existem desde 1830, ano da criação do Estado belga, quando da união de uma princesa do ramo francês dos Orléans com um príncipe alemão da dinastia dos Saxe-Coburgo. Louise-Marie e Léopold I foram os primeiros reis da Bélgica e os seus descendentes em linha direta têm sido o único – e forte – elo de união do Reino.
As consequências dos 194 dias de uma "quase-vacância" de poder já se faziam sentir no país, principalmente na área da segurança, bem assim no aumento dos preços dos combustíveis e dos gêneros alimentícios. O novo governo anunciou medidas de urgência para combater tanto o aumento de ameaças terroristas, quanto a subida de preços. O bom é que naquele Reino, diferentemente de outros Estados, as medidas governamentais são, normalmente, eficientes.
A missão do liberal flamengo G. Verhofstadt, de 54 anos, será difícil, posto que o governo provisório terá de “equilibrar” os cinco partidos da coalizão, devido às diferenças existentes entre valões e flamengos. A Flandres pleiteando um maior controle do setor econômico, enquanto que os representantes da Valônia (Wallonie) querem que a situação permaneça como está, com eles à frente do setor econômico. Ressalte-se que a Flandres é, economicamente, bem mais rica do que a Valônia.
A causa mais séria do aumento das querelas nacionalistas pode ser avaliada no resultado de uma pesquisa recente. De acordo com esse resultado, embora em 2007/2008 a grande maioria do povo belga deseje que o país continue a existir, poucos acreditam que em 20 anos ele ainda persista como Estado unificado.
Gostaria, entretanto, de chamar a atenção para o fato de que os sentimentos separatistas existem desde 1830, ano da criação do Estado belga, quando da união de uma princesa do ramo francês dos Orléans com um príncipe alemão da dinastia dos Saxe-Coburgo. Louise-Marie e Léopold I foram os primeiros reis da Bélgica e os seus descendentes em linha direta têm sido o único – e forte – elo de união do Reino.
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