Quem lembra da atriz Suzanne Pleshette?
No Recife, de onde escrevo este texto, talvez poucas pessoas - diria mesmo, muito poucas - devem saber quem foi essa atriz, falecida no último fim de semana, em Los Angeles. Provavelmente, só os cinéfilos de carteirinha - ou quem foi jovem nos anos sessenta - recordem a biografia ou a curta filmografia de Suzanne Pleshette, que, ao contrário era bastante conhecida nos Estados-Unidos, principalmente pelo trabalho realizado, na década de 1970, em seriados da televisão. A participação da atriz no cinema foi rápida e inexpressiva.
Inexpressiva, eu disse? Estou sendo ingrato demais com a memória de uma atriz que, passados 44 anos, eu ainda lembro da atuação em um dos filmes ícones de minha juventude: “O Candelabro Italiano”*. Pelo menos para mim, o seu tipo de mocinha inocente permaneceu bem vivo na memória - nunca esqueci de O Candelabro Italiano. Imaginem vocês que, durante as inúmeras semanas que esteve em cartaz no Cinema São Luiz, na cidade do Recife, eu assisti ao filme umas cinco ou seis vezes.
Suzanne Pleshette, à época, era casada com o americaníssimo Troy Donahue, o mocinho louro do filme. O amor de ambos em O Candelabro Italiano, aliado à música e ao maravilhoso cenário da Itália foram responsáveis por litros de lágrimas vertidas pela juventude romântica daquele tempo. Depois que o filme saiu de cartaz, nada mais up to date do que pedir um Strega ao lado da pessoa de quem se estava enamorado (lembram dessa cena do filme?).
Suzanne Pleshette, mais tarde, participou de “Os Pássaros” (“The Birds”), de Alfred Hitchcock e não há mais nada de destaque na sua filmografia. O Candelabro Italiano bastou para que ela entrasse na história.
Morreu a atriz, morreu o romantismo de uma época, morreu uma maneira de ser, nasceu outra ... e assim caminha a humanidade... (terrível essa frase, não?).
Que saudade de tomar o amarelo "Liquore Strega", de ouvir "Al Di Lá" e, principalmente, que saudade de estar enamorado! Sem dúvida de que eu e todos os de minha geração precisamos de, ao menos uma, ou algumas vezes, ainda, voltar a beber Strega e a estar enamorado. Faz bem às coronárias.
Vamos deixar o lado simplório de nossa alma (se é que ser romântico é ser “simplório”) alçar voo e escutemos a música no link a seguir :
http://www.youtube.com/watch?v=Wx2XTeO9r8w
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* Não lembro, nem encontrei na Internet, o título do filme em inglês. Seria "A Roman Adventure"?
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Um comentário:
Álvaro, boa noite.
Sou tbm da sua época e esse filme, como outros, provocaram em mim um impacto muito grande. A Suzanne nesse filme estava maravilhosa. Eu a adorava. Quem, naquela época, não sonhava com ela? Quantas lembranças agradáveis?! O filme "Candelabro Italiano" em inglês era "Rome Adventure". A música Al Di La, nesse filme, era cantada por Emilio Pericoli. A seguir o link dessa música com ele: http://www.youtube.com/watch?v=aGMC9A_k6zQ&NR=1.
Tenho em Power Point slides com os posters dos filmes e suas respectivas músicas da época de 50 e 60. Se quiser posso lhe enviar.
Abs,
Marcio.
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