domingo, 25 de novembro de 2007

BRUXELAS - EXPOSIÇÃO LEONARDO DA VINCI – O GÊNIO EUROPEU


Com o Alto Patronato de S.M. o Rei Alberto II e o Patrocínio de José Maria Durão Barroso, Presidente da Comissão Européia, em comemoração aos cinquenta anos da assinatura do Tratado de Roma - constitutivo da CEE e primeiro passo para a criação do que hoje é a União Européia -, Bruxelas abriga na suntuosa Basilique Koekelberg, desde agosto passado e até o dia 15 de março de 2008, uma exposição dedicada ao gênio de Leonardo Da Vinci.
Leonardo, filho bastardo, canhoto, vegetariano, homossexual, foi criado até os cinco anos pela mãe e era uma criança que adorava libertar os pássaros que encontrava presos. Aos seis anos, passou a ser educado junto à família do pai. As particularidades daquela criança, de um jovem e de um homem dos séculos XV e XVI, tão marcantes naquele período, poderiam ter-lhe destruído o caráter e o gênio criativo. Mas não o fizeram. Passados quase 500 anos de sua morte (1452 – 1519), ele é hoje reconhecido nos quatro cantos do planeta como o maior gênio ocidental de todos os tempos, tendo recebido testemunhos como o de Sigmund Freud que disse: “Ele foi como um homem que acordou cedo demais na escuridão, enquanto os outros continuavam a dormir".


Leonardo Da Vinci disse sim às diferenças e não aos preconceitos.


Passo agora ao tema desta postagem, a exposição sobre o gênio de Da Vinci, que ocorre aqui em Bruxelas. A exposição é a maior já realizada sobre o conjunto da obra do mestre italiano e que, segundo os expositores, é uma apresentação dinâmica em quatro temas:
1) O homem – Retrospectiva de uma vida excepcional. Na primeira parte são apresentadas todas as etapas da vida de Leonardo por meio de numerosos documentos renascentistas, tais como, esculturas, pinturas (entre outras, a inédita "Maria Madalena", que só ela merece uma postagem), cartas, desenhos, esboços e montagens, originais e fac-símiles
2) O artista – Neste tema, o visitante tem a oportunidade de conhecer as facetas de Leonardo como arquiteto, escultor e pintor, com originais cedidos por museus e por colecionadores particulares.
3) O engenheiro – Tendo por base os códices de Leonardo, a terceira parte da exposição é dedicada à impressionante reconstituição de quarenta máquinas idealizadas pelo mestre.
4) O humanista – No último tema, a exposição fornece uma explicação para o mistério da escrita inversa do artista, tem-se a oportunidade de apreciar originais de pranchas de anatomia e, pela primeira vez, o original do códice do “Voo dos pássaros” (Biblioteca Real de Turim).


São mais de três horas de uma visita imperdível. Fui ontem e quem sabe se não voltarei antes do seu término.


Aproveito a deixa desta nota sobre a exposição em Bruxelas e complemento com a sugestão de acesso ao link a seguir http://www.vinci-editions.com/ , que trata de alguns aspectos da obra "La Gioconda" e de exposição que aconteceu em Paris até junho de 2007.



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